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A mostrar mensagens de 2008
Could it be that open theism, like modernity, flirts with idolizing freedom as autonomy? (...) But what concept of freedom is at work here? Clearly, the rhetoric of the current administration -- which so reveres the ideal of a free market -- is predicated on a libertarian or "negative" notion of human freedom, as is the notion of freedom assumed by open theism. (Though open theism is castigated as "liberal" by conservative critics, some of them are beholden to this same liberal notion of freedom.)

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Literature enlarges our being by admitting us to experiences not our own. They may be beautiful, terrible, awe-inspiring, exhilarating, pathetic, comic, or merely piquant. Literature gives the entree to them all. Those of us who have been true readers all our life seldom realize the enormous extension of our being that we owe to authors. We realize it best when we talk with an unliterary friend. He may be full of goodness and good sense, but he inhabits a tiny word. In it, we should be suffocated. My own eyes are not enough for me. Even the eyes of all humanity are not enough. Very gladly would I learn what face things present to a mouse or bee. In reading great literature I become a thousand men and yet remain myself. Like the night sky in a Greek poem, I see with a thousand eyes, but it is still I who see. Here, as in worship, in love, in moral action, and in knowing, I transcend myself; and am never more myself than when I do.
A minha sobrinha Maria Luísa raramente nada no mar de Moledo. Mas aprecia bastante que os filhos esbracejem na crista das ondas, verificando por si próprios o que significa um "banho frio", que "faz bem à saúde". Ela justifica-se com os meus argumentos, mas escusa-se a adoptá-los para si própria. As jovens mães de hoje compreendem a necessidade da disciplina e da contrariedade – mas já vão atrasadas para tomarem o caminho da felicidade.

Here is C. S. Lewis's answer to the question of why we enjoy reading

The nearest I have yet got to answer is that we seek an enlargement of our being. We want to be more than ourselves. Each of us by nature sees the whole world from one point of view with a perspective and a selectiveness peculiar to himself. And even when we build disinterested fantasies, they are saturated with, and limited by, our own psychology. To acquiesce in this particularity on the sensuous level—in other words, not to discount perspective—would be lunacy. We should then believe that the railway line really grew narrower as it receded into the distance. But we want to escape the illusions of perspective on higher levels too. We want to see with other eyes, to imagine with other imaginations, to feel with other hearts, as well as with our own. We are not content to be Leibnitzian monads. We demand windows. Literature as Logos is a series of windows, even of doors. One of the things we feel after reading a great work is “I have got out.” Or from another point of view, “I have got
Estes autores não são cristãos e normalmente caracterizam-se por um forte anti-clericalismo. A sua reacção é de protesto contra uma instituição decadente, a Igreja Católica (normalmente parecem desconhecer o protestantismo), e a favor de um compromisso humano na sociedade.
A grandeza do homem é tão visível que se deduz da sua miséria mesma. Pois o que é a natureza nos animais, no homem chamamos-lhe miséria; por onde reconhecemos que, sendo hoje a sua natureza semelhante à dos animais, o homem decaiu de outra natureza melhor, que outrora lhe foi própria. Pois quem se sente infeliz por não ser rei, senão um rei destronado?
Ida levantou-se pesadamente e atravessou o restaurante, como um navio de guerra que vai entrar em acção, um navio de guerra a combater ao lado da justiça numa luta para acabar com todas as guerras, as bandeiras de sinalização a proclamar que todos cumprirão o seu dever. Os seus grandes seios, que nunca tinham amamentado um filho, sentiam uma compaixão inexorável. Rosa fugiu ao avistá-la, mas Ida avançou implacavelmente para a porta de serviço.
Como, pois, chegamos a crer em um mundo do espírito? Mediante fé cega? De maneira nenhuma. A realidade interior do mundo espiritual está ao alcance de todos quantos estão dispostos a buscá-la. Com frequência tenho descoberto que aqueles que tão gratuitamente difamam o mundo espiritual nunca tomaram dez minutos para investigar se tal mundo existe ou não.

Amendoíns

"[...] acredito que a crise do ano que vem seja violenta. Mas creio que, se uma crise quiser mesmo impressionar os portugueses, vai ter de trabalhar a sério. Um crescimento zero, para nós, é amendoins. Pequenas recessões comem os portugueses ao pequeno-almoço. 2009 só assusta esses maricas da Europa que têm andado a crescer acima dos 7 por cento. Quem nunca foi além dos 2%, não está preocupado." Ricardo Araújo Pereira, in Revista Visão, 11 de Dezembro de 2008
A verdade é que me descuidei, por simples distracção, e disse que o Inimigo ama realmente os humanos. Isto, claro, é uma impossibilidade. Ele é um ser, eles são distintos d’Ele. O bem deles não pode ser o Seu. Tudo o que diz sobre o Amor deve ser disfarce de qualquer outra coisa.
Porque para mim, o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei, então, o que deva escolher: mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor; mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne. Filipenses 1:21-24
Apesar de tudo Abraão acreditou e acreditou para esta vida. Se a sua fé se reportasse à vida futura, ter-se-ia, com facilidade, despojado de tudo, para sair prontamente de um mundo a que já não pertencia. Mas não era desta espécie a fé de Abraão, se acaso isso é fé. A bem dizer não se trata aí de fé, mas apenas de remota possibilidade que adivinha o seu projecto no horizonte longínquo, embora dele separado por um abismo onde se agita a desesperação. Mas a fé de Abraão era para esta vida; acreditava que iria envelhecer na sua terra, honrado e benquisto do seu povo, involvido pela geração de Isaac, o seu mais caro amor nesta vida, a quem abraçava com afecto tal que é insuficiente dizer que cumpria fielmente o dever de pai segundo o espírito do texto: 'O filho a quem amas'; Jacob foi pai de doze filhos e só a um amou; Abraão teve somente um, aquele a quem amava.
A Bodhisattsva is a highly evolved human being on the way to becoming a Buddha, who is not seeking enlightenment for himself alone, but has vowed to help all other beings achieve Buddhahood before he enters into nirvana. The origin of this idea lies in the decision of the Buddha – presented in Buddhist tradition as a conscious and not at all easy decision – not simply to enter nirvana, but to return to the world in order to show the path to salvation to his fellow human beings. The Bodhisattsva ideal is also consistent with the Buddhist doctrine of non-ego, because if there is no separate individual self, the idea of one individual entering nirvana alone obviously does not make much sense.
Quando as pessoas dizem que devemos pensar mais na alma e menos no corpo, a minha resposta é que o mesmo Deus que fez a alma fez o corpo também… Considero que Deus é adorado não só pela criação espiritual mas também pela material. Os nossos corpos, templos do Espírito Santo, não devem ser corrompidos por qualquer doença que possa ser evitada, degradados pela sujidade nem incapacitados para o Seu serviço pelo sofrimento desnecessário.
Começaste por fabricar uma filiação fabulosa, pretendendo que devias o teu nascimento a uma virgem. Em realidade, és originário de um lugarejo da Judeia, filho de uma pobre campónia que vivia do seu trabalho. Esta, culpada de adultério com um soldado, Pantero, foi expulsa por seu marido, carpinteiro de profissão. Expulsa assim e errando aqui e além ignominiosamente, ela deu-o à luz em segredo. Mais tarde, constrangida pela miséria a expatriar-se, foste para o Egipto, aí alugaste os braços por um salário, e , tendo aprendido alguns desses poderes mágicos de que os Egípcios se gabam, voltaste ao teu país e, inchado com os efeitos maravilhosos que sabias provocar, proclamaste-te Deus.
A superficialidade é a maldição de nosso tempo. A doutrina da satisfação instantânea é, antes de tudo, um problema espiritual. A necessidade urgente hoje não é de um maior número de pessoas inteligentes, ou dotadas, mas de pessoas profundas.
Não há nada como a incerteza e a ansiedade para barricar o espírito humano contra o Inimigo. Ele quer que os homens se preocupem com o que fazem; a nossa tarefa é mantê-los a pensar no que irá acontecer-lhes.
Bastava apelar para um deles, pois Ida Arnold defendia a causa justa. Era jovial e cheia de saúde, podia emborcar um copo como o melhor de entre eles. Gostava da pândega, os seus grandes seios exibiam francamente a sua carnalidade pelo Old Steyne fora, mas bastava olhá-la para compreender que se podia ter confiança nela. Não iria contar coisas à esposa de ninguém, não lembraria a um homem, na manhã seguinte, o que ele desejava esquecer.
Ninguém vos domine a seu belprazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu, estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus. Se, pois, estais mortos com Cristo, quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem, pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para satisfação da carne.
Hoje, como escreve Toby Young em recente ensaio para a revista "Prospect", a era meritocrática foi enterrada. Depois do berço e do mérito, chegámos à era da celebridade. Podemos nascer no berço certo; podemos até subir a corda social com os nossos próprios pulsos, provando o nosso valor intrínseco; mas se não somos "famosos", ou seja, se não alimentamos o voyeurismo coletivo em que vivemos, não somos rigorosamente nada. Vivemos em sociedades mediatizadas e massificadas. E numa sociedade mediatizada e massificada, é o anonimato, e não a pobreza ou a incompetência, que pesa profundamente sobre a espécie.
Hoje não é tão difícil acreditar que alguém cure um doente pela fé como seria acreditar que um grupo de pessoas tivesse tudo em comum vendesse as suas propriedades e fazendas, e repartisse com todos, segundo a sua necessidade (Actos 2:44-5). É mais fácil uma pessoa falar em línguas do que um escravo «inútil» converter-se na prisão, tornar-se útil e, como resultado, passar a ser irmão em pé de igualdade com o seu antigo senhor (Filemon 8:16). É mais fácil alguém predizer o futuro correctamente do que um perseguidor feroz da igreja ser confrontado com Cristo ressuscitado, mudar toda a orientação de vida, considerar as suas ambições anteriores como «esterco», e tornar-se o grande apóstolo aos gentios (Actos 9:1-39, etc.).
Não permitas pois que alguma emoção passageira te distraia da tua verdadeira missão – minar-lhe a fé e evitar a formação de virtudes. Na tua próxima carta, sem falta, faz-me o relato completo das reacções do paciente à guerra, a fim de podermos considerar se tens mais a ganhar transformando-o num grande patriota ou num ardente pacifista.
Sobretudo, obrigava-me a visitar regularmente os cafés especializados onde se reuniam os nossos humanistas profissionais. Os meus bons antecedentes faziam, naturalmente, com que aí fosse bem recebido. Lá, sem me fazer notar, deixava escapar um palavrão: «Graças a Deus!», dizia, ou mais simplesmente: «Meu Deus…» Sabe como os nossos ateus de taberna são uns tímidos comungantes. Um momento de pasmo seguia-se ao enunciado desta enormidade, olhavam-se, estupefactos, depois rebentava o tumulto, uns fugiam do café, outros cacarejavam com indignação sem a nada dar ouvidos, todos se contorciam em convulsões, como o Diabo sob a água benta.
Estar unificado com o Uno não significava coisa alguma, em comparação com um copo de Guiness num dia de sol. Acreditava em fantasmas, mas não se podia chamar vida a essa ténue e transparente existência: o ranger de uma tábua, um pedaço de ectoplasma num armário de vidro na sede da Sociedade de Investigações Psíquicas, uma voz que ela ouvira, certa vez, numa sessão dizendo: «Tudo é esplêndido no plano superior. Há flores por toda a parte». «Flores!», pensava Ida com desdém. Isso não era a vida. A vida era a luz do sol a refulgir nos varões de latão da cama, um cálice de Porto ao rubro, o pulo que dá o coração da gente quando o cavalo em que apostámos atinge a meta e os discos sobem um após o outro. A vida era os pobres lábios de Fred colados aos seus, no táxi, vibrando com a trepidação do motor ao longo da avenida. De que valia morrer para depois vir dizer tolices sobre flores?
Ainda que uma determinada linha de pensamento possa ser desviada de modo a terminar em nosso favor”, verás que estiveste a fortalecer no teu paciente o hábito fatal de prestar atenção a questões universais, ao mesmo tempo que o desvias da corrente das experiências sensoriais imediatas. Mas a tua tarefa consiste em fixar-lhe a atenção nessa corrente. Ensina-o a chamar-lhe «vida real» e não lhe dês azo a que se pergunte o que pretende significar com o termo “real”.
Quando consideramos a vastidão do continente de África; quando reflectimos nos progressos em felicidade e civilização que todos os outros países têm feito durante estes últimos séculos; quando pensamos na maneira como neste mesmo período todo o progresso de África foi prejudicado pela relação deste continente com a Grã-Bretanha; quando reflectimos que somos nós que os temos degradado até àquela miserável brutalidade e barbarismo pelos quais agora justificamos a nossa culpa; como o negócio de escravos escravizou as suas mentes, enegreceu o seu carácter, e os afundou tão baixo na escala de seres animais, que alguns pensam mesmo que os macacos são de uma classe superior e imaginam que são ultrapassados pelos orangotangos. Que mortificação devemos sentir ao haver negligenciado tanto tempo o pensar na nossa culpa, ou tentar qualquer reparação.
Tive mesmo, nessa altura, a impressão de que me estavam a pregar rasteiras. Com efeito, tropecei duas ou três vezes, ao entrar em lugares públicos. Uma vez mesmo, estatelei-me no chão. O francês cartesiano que eu sou fez logo por se recompor e atribuir estes acidentes à única divindade razoável, isto é, ao acaso.
O problema com a argumentação é que transpõe toda a luta para o terreno do próprio Inimigo. Também Ele pode argumentar. Ao passo que, com o tipo de propaganda realmente prática que sugiro, há já séculos que se vem a provar que Ele é grandemente inferior ao Nosso Pai que está nos Infernos. Pelo simples facto de argumentares, despertas a razão do paciente. E, uma vez desperta, quem poderá prever os resultados?
A nossa crença no Céu – prosseguiu o pastor – não é modificada pela nossa descrença no velho inferno medieval. Nós cremos – disse ele, lançando um rápido olhar ao longo do liso e polido plano inclinado, em direcção à porta de estilo Arte Nova, através da qual o esquife seria lançado às chamas –, nós cremos que este nosso irmão já está unificado com o Uno. – Martelava as palavras, como pequenos paralelepípedos de manteiga, com a sua marca particular. – Alcançou a unidade. Ignoramos o que seja esse Uno com quem (ou com que) ele está agora unificado. Não conservamos as velhas crenças medievais em mares refulgentes e coroas de ouro. A verdade é beleza, e para nós, geração amante da verdade, há uma beleza maior na certeza de que o nosso irmão se acha neste momento reabsorvido no espírito universal.
Tira a mão do queixo não penses mais nisso o que lá vai já deu o que tinha a dar quem ganhou ganhou e usou-se disso quem perdeu há-de ter mais cartas p´ra dar E enquanto alguns fazem figura outros sucumbem à batota chega a onde tu quiseres mas goza bem a tua rota Enquanto houver estrada p´ra andar a gente não vai parar enquanto houver estrada p´ra andar enquanto houver ventos e mar a gente vai continuar enquanto houver ventos e mar todos náo pagamos por tudo o que usamos o sistema é antigo e não poupa ninguém somos todos escravos do que precisamos reduz as necessidades se queres passar bem que a dependência é uma besta que dá cabo do desejo a liberdade é uma maluca que sabe quanto vale um beijo
O teu homem foi habituado, desde rapazinho, a ter uma dúzia de filosofias incompatíveis entre si a dançarem-lhe dentro da cabeça. Ele não pensa em doutrina como essencialmente “verdadeiras” ou “falsas”, mas antes como “académicas” ou “práticas”, “ultrapassadas” ou “actuais”, “convencionais” ou “revolucionárias”. Frases feitas, não a discussão, são os teus melhores aliados para o manter avesso à Igreja.

Einstein

How strange is the lot of us mortals! Each of us is here for a brief sojourn; for what purpose he knows not, though he sometimes thinks he senses it. But without deeper reflection one knows from daily life that one exists for other people -- first of all for those upon whose smiles and well-being our own happiness is wholly dependent, and then for the many, unknown to us, to whose destinies we are bound by the ties of sympathy. A hundred times every day I remind myself that my inner and outer life are based on the labors of other men, living and dead, and that I must exert myself in order to give in the same measure as I have received and am still receiving..
Vivemos numa era, em todas as artes, em que só se faz arte sobre a arte. A humanidade já explorou até à exaustão as possibilidades de todas as formas artísticas. Todas as artes estão formalmente esgotadas. Para onde vamos agora? Temos que regressar à fonte que é a vida. Uma obra de arte não é uma metáfora sobre outra metáfora. É uma metáfora sobre a vida. A vida é difícil de expressar. Fazer arte sobre a arte é mais fácil. Mas temos que voltar ao concreto da vida, à nossa essência humana. Não é sexy, não é vistoso, não é cool, mas é tudo o que tivemos desde o início, e é tudo o que teremos enquanto seres humanos: as nossas vidas miseráveis. E quanto mais sentido fizermos delas e de nós, melhor. Acho que a nova geração está a ficar farta de tretas e a perceber que o espectáculo da má música, da má literatura, da má pintura, do mau cinema, é banal, superficial, e uma perda de tempo.
O cristão está por definição em oposição, não no sentido actual de se identificar automaticamente com os grupos políticos que num determinado momento estão contra os que detêm o poder, mas sim no sentido de revelar e denunciar as raízes e a prática pecaminosa de toda a estrutura humana, incluindo aquele em que ele próprio, por força das circunstâncias fica inserido. Esta posição é dolorosa. Junta a uma visão global profundamente pessimista um compromisso de agir, no que for possível, para minimizar o sofrimento material e espiritual dos seus semelhantes.
Sabes como deves fazer? – perguntou desajeitadamente. Pareceu pensar que ela esperava algum gesto de ternura da sua parte. Inclinou-se e beijou-a na face; tinha medo da boca: os pensamentos comunicam-se com tanta facilidade de um lado ao outro! – Não faz doer – assegurou ele, e deu alguns passos na direcção da estrada principal.

Poemas, são permitidos?

Quem disse à estrela o caminho Que ela há-de seguir no céu? A fabricar o seu ninho Como é que a ave aprendeu? Quem diz à planta "Floresce!" E ao mudo verme que tece Sua mortalha de seda Os fios quem lhos enreda? Ensinou alguém à abelha Que no prado anda a zumbir Se à flor branca ou à vermelha O seu mel há-de ir pedir? Que eras tu meu ser, querida, Teus olhos a minha vida, Teu amor todo o meu bem... Ai! não mo disse ninguém. Como a abelha corre ao prado, Como no céu gira a estrela, Como a todo o ente o seu fado Por instinto se revela, Eu no teu seio divino Vim cumprir o meu destino... Vim, que em ti só sei viver, Só por ti posso morrer. Almeida Garrett
In moments of remorse, the suffering Luther was convinced that the devil was trying to convince him to revoke his thoughts. His prompt response was to throw inkpots at the devil or resort to the power of his bowels: "But I resist the devil, and often it is with a fart that I chase him away."
“Em 1974, quando o movimento de Billy Graham organizou o Congresso Internacional sobre a Evangelização Mundial, em Lausanne, o discurso de abertura, dado por Graham, segundo o que se relata, manteve a mesma ênfase. Declarou claramente que a questão fundamental era a salvação espiritual, ficando as outras questões em segundo lugar. Mas entre o conferencistas havia alguns que foram a Lausanne com ideias diferentes. Os hispano-americanos, especialmente René Padilla (obreiro da Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos), levaram teses que contradiziam claramente esta declaração de prioridades feita por Graham. Padilla focou o problema da riqueza ocidental e a violência que esta ocasiona contra a maioria dos homens que vivem no chamado Terceiro Mundo. Focou os problemas de liberdade e igualdade racial. Chamou a atenção para a iniquidade do sistema capitalista. E recusou estabelecer qualquer prioridade entre a pregação da mensagem de salvação e a luta pela justiça humana, consideran
No que diz respeito à doutrina do trabalho, ver-se-á que Calvino é inovador em relação aos seus predecessores. Eles, de acordo com as doutrinas cristãs medievais, faziam do trabalho um dever terrestre, sem relação imediata com a fé e a vida espirituais; este dever procedia duma moralidade e ordens naturais. Por outro lado, a escolástica tinha contribuído para despir de todo o prestígio e de todo o valor espiritual as actividades profissionais, pelo valor superior que atribuía a contemplação sobre a acção. Calvino, pelo contrário liga estreitamente o trabalho à vida cristã, sublinhando que o Evangelho o vê como uma participação na obra de Deus. Confere assim ao labor humano uma dignidade e um valor espirituais que nunca antes tinha tido. Tal facto terá repercussões consideráveis no desenvolvimento económico das sociedades calvinistas.
Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte. Então, cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhadas, e outros o esbofeteavam, dizendo: profetiza-nos, Cristo, quem é que te bateu?
Com o objectivo de controlar a igreja, Hitler ordenou a união de todos os grupos religiosos da Alemanha, unificando-os por lei. Os Irmãos, ante este problema, se dividiram. A metade aceitou a resolução de Hitler e a outra recusou. É evidente que, para os que se submeteram, a vida tornou-se muito mais fácil mas, nesta unidade organizacional com os grupos liberais, debilitaram-se em sua veemência doutrinária e vida espiritual. Por outro lado, o grupo que permaneceu fora continuou espiritualmente viril, mas era difícil encontrar alguma família da qual algum membro não houvesse perdido a vida num campo de concentração germânico.
O Cinismo, tanto como o Platonismo, constitui uma escola socrática. Visto Sócrates ter ensinado que o homem que viver com menos necessidades pode normalmente sobreviver em condições que aniquilariam outro homem que tivesse muitas necessidades, pretendiam os Cínicos que o ponto mais alto da virtude seria a carência de necessidades. Com o fim de serem independentes de qualquer desejo, procuravam eles abolir o desejo. Desprezavam todos os padrões e convenções e tornavam-se completamente individualistas. Muitas vezes eram propositadamente grosseiros e indecentes na linguagem e conduta só com o fim de demonstrar que eram «diferentes». A crítica que Sócrates fez a Antístenes, fundador da escola Cínica, constitui talvez a mais penetrante análise de todo o movimento já mais apresentada. «Posso ver o teu orgulho», disse ele, «pelos buracos do teu manto».
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra, para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno, duas vezes mais do que vós.
A 5 de Abril de 1943, DB foi preso. Quase um ano ele passou na prisão de Tegel, ainda sobre condições relativamente favoráveis, podendo comunicar-se com os seus. Após o fracassado atentando de 20 de Julho de 1944, porém, sendo considerado envolvido, foi transferido para o cárcere das Gestapo. Em 1945 o levaram para o Campo de Concentração de Buchenwalde e as últimas horas passou em Floessenburg. Os aliados já vinham avançando sobre o território alemão. Poucos dias faltavam para que se abrissem todos os campos de concentração, quando, por especial decreto de Himmler, foram mortos todos aqueles que não deviam de maneira alguma sobreviver. Entre eles, Dietrich Bonhoeffer, que foi assassinado na madrugada do dia 9 de abril de 1945.
Felizmente, o excesso do gozo tanto debilita a imaginação como a faculdade de julgar. O sofrimento dorme então com a virilidade e tão longamente como ela. Pelas mesmas razões, os adolescentes perdem com a primeira amante a inquietação metafísica, e certos casamentos, que são deboches burocratizados, tornam-se, ao mesmo tempo, os monótonos carros mortuários da audácia e da inventiva. Sim, caro amigo, o casamento burguês pôs o nosso país em pantufas e em breve o porá às portas da morte.
Compreendi então, à força de revolver a memória, que a modéstia me ajudava a brilhar, a humildade a vencer e a virtude a oprimir. Fazia a guerra por meios pacíficos e obtinha, enfim, por meio do desinteresse, tudo o que almejava.
Na realidade, aqueles que sabem usar a sua liberdade com sabedoria são aqueles que têm a consciência “forte”. Sendo forte, a sua consciência não os acusa sistematicamente de práticas que Deus não reprova. Sendo forte, acusa mais em áreas relacionadas com a motivação interior e menos em áreas relacionadas com práticas exteriores que variam de acordo com o contexto cultural. Quem cresce no conhecimento de Deus e vem a ter uma consciência forte, será mais livre do que um cristão imatura, que ainda se prende a muitas práticas e preconceitos legalistas. Contudo, este também saberá prescindir da sua liberdade a favor do cristão mais fraco. Saberá não beber vinho, por exemplo, na presença de um cristão mais fraco que ainda não se sente livre para beber. Pois se o cristão mais forte beber vinho nessa situação, pode levar outro, pelo seu exemplo, a fazer o mesmo, e para o cristão imaturo, o facto de beber vinho pode ser ocasião de uma queda. Este é o sentido exacto do termo “escandalizar” usado
Já lhe disse, trata-se de escapar ao julgamento. Como é difícil escapar e melindroso fazer, ao mesmo tempo, com que se admire e desculpe a própria natureza, todos procuram ser ricos. Porquê? Já o perguntou a si mesmo? Por causa do poder, certamente. Mas sobretudo porque a riqueza nos livra do julgamento imediato, nos retira da turba do metropolitano para nos fechar numa carroçaria niquelada, nos isola em vastos parques guardados, em carruagens-camas, em camarotes de luxo. A riqueza, caro amigo, não é ainda a absolvição, mas a pena suspensa, sempre fácil de conseguir…