O Cinismo, tanto como o Platonismo, constitui uma escola socrática. Visto Sócrates ter ensinado que o homem que viver com menos necessidades pode normalmente sobreviver em condições que aniquilariam outro homem que tivesse muitas necessidades, pretendiam os Cínicos que o ponto mais alto da virtude seria a carência de necessidades. Com o fim de serem independentes de qualquer desejo, procuravam eles abolir o desejo. Desprezavam todos os padrões e convenções e tornavam-se completamente individualistas. Muitas vezes eram propositadamente grosseiros e indecentes na linguagem e conduta só com o fim de demonstrar que eram «diferentes». A crítica que Sócrates fez a Antístenes, fundador da escola Cínica, constitui talvez a mais penetrante análise de todo o movimento já mais apresentada. «Posso ver o teu orgulho», disse ele, «pelos buracos do teu manto».
"Examinai tudo. Retende o bem", I Tessalonicenses 5:21
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