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A mostrar mensagens de dezembro, 2008
Could it be that open theism, like modernity, flirts with idolizing freedom as autonomy? (...) But what concept of freedom is at work here? Clearly, the rhetoric of the current administration -- which so reveres the ideal of a free market -- is predicated on a libertarian or "negative" notion of human freedom, as is the notion of freedom assumed by open theism. (Though open theism is castigated as "liberal" by conservative critics, some of them are beholden to this same liberal notion of freedom.)

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Literature enlarges our being by admitting us to experiences not our own. They may be beautiful, terrible, awe-inspiring, exhilarating, pathetic, comic, or merely piquant. Literature gives the entree to them all. Those of us who have been true readers all our life seldom realize the enormous extension of our being that we owe to authors. We realize it best when we talk with an unliterary friend. He may be full of goodness and good sense, but he inhabits a tiny word. In it, we should be suffocated. My own eyes are not enough for me. Even the eyes of all humanity are not enough. Very gladly would I learn what face things present to a mouse or bee. In reading great literature I become a thousand men and yet remain myself. Like the night sky in a Greek poem, I see with a thousand eyes, but it is still I who see. Here, as in worship, in love, in moral action, and in knowing, I transcend myself; and am never more myself than when I do.
A minha sobrinha Maria Luísa raramente nada no mar de Moledo. Mas aprecia bastante que os filhos esbracejem na crista das ondas, verificando por si próprios o que significa um "banho frio", que "faz bem à saúde". Ela justifica-se com os meus argumentos, mas escusa-se a adoptá-los para si própria. As jovens mães de hoje compreendem a necessidade da disciplina e da contrariedade – mas já vão atrasadas para tomarem o caminho da felicidade.

Here is C. S. Lewis's answer to the question of why we enjoy reading

The nearest I have yet got to answer is that we seek an enlargement of our being. We want to be more than ourselves. Each of us by nature sees the whole world from one point of view with a perspective and a selectiveness peculiar to himself. And even when we build disinterested fantasies, they are saturated with, and limited by, our own psychology. To acquiesce in this particularity on the sensuous level—in other words, not to discount perspective—would be lunacy. We should then believe that the railway line really grew narrower as it receded into the distance. But we want to escape the illusions of perspective on higher levels too. We want to see with other eyes, to imagine with other imaginations, to feel with other hearts, as well as with our own. We are not content to be Leibnitzian monads. We demand windows. Literature as Logos is a series of windows, even of doors. One of the things we feel after reading a great work is “I have got out.” Or from another point of view, “I have got
Estes autores não são cristãos e normalmente caracterizam-se por um forte anti-clericalismo. A sua reacção é de protesto contra uma instituição decadente, a Igreja Católica (normalmente parecem desconhecer o protestantismo), e a favor de um compromisso humano na sociedade.
A grandeza do homem é tão visível que se deduz da sua miséria mesma. Pois o que é a natureza nos animais, no homem chamamos-lhe miséria; por onde reconhecemos que, sendo hoje a sua natureza semelhante à dos animais, o homem decaiu de outra natureza melhor, que outrora lhe foi própria. Pois quem se sente infeliz por não ser rei, senão um rei destronado?
Ida levantou-se pesadamente e atravessou o restaurante, como um navio de guerra que vai entrar em acção, um navio de guerra a combater ao lado da justiça numa luta para acabar com todas as guerras, as bandeiras de sinalização a proclamar que todos cumprirão o seu dever. Os seus grandes seios, que nunca tinham amamentado um filho, sentiam uma compaixão inexorável. Rosa fugiu ao avistá-la, mas Ida avançou implacavelmente para a porta de serviço.
Como, pois, chegamos a crer em um mundo do espírito? Mediante fé cega? De maneira nenhuma. A realidade interior do mundo espiritual está ao alcance de todos quantos estão dispostos a buscá-la. Com frequência tenho descoberto que aqueles que tão gratuitamente difamam o mundo espiritual nunca tomaram dez minutos para investigar se tal mundo existe ou não.

Amendoíns

"[...] acredito que a crise do ano que vem seja violenta. Mas creio que, se uma crise quiser mesmo impressionar os portugueses, vai ter de trabalhar a sério. Um crescimento zero, para nós, é amendoins. Pequenas recessões comem os portugueses ao pequeno-almoço. 2009 só assusta esses maricas da Europa que têm andado a crescer acima dos 7 por cento. Quem nunca foi além dos 2%, não está preocupado." Ricardo Araújo Pereira, in Revista Visão, 11 de Dezembro de 2008
A verdade é que me descuidei, por simples distracção, e disse que o Inimigo ama realmente os humanos. Isto, claro, é uma impossibilidade. Ele é um ser, eles são distintos d’Ele. O bem deles não pode ser o Seu. Tudo o que diz sobre o Amor deve ser disfarce de qualquer outra coisa.
Porque para mim, o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei, então, o que deva escolher: mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor; mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne. Filipenses 1:21-24
Apesar de tudo Abraão acreditou e acreditou para esta vida. Se a sua fé se reportasse à vida futura, ter-se-ia, com facilidade, despojado de tudo, para sair prontamente de um mundo a que já não pertencia. Mas não era desta espécie a fé de Abraão, se acaso isso é fé. A bem dizer não se trata aí de fé, mas apenas de remota possibilidade que adivinha o seu projecto no horizonte longínquo, embora dele separado por um abismo onde se agita a desesperação. Mas a fé de Abraão era para esta vida; acreditava que iria envelhecer na sua terra, honrado e benquisto do seu povo, involvido pela geração de Isaac, o seu mais caro amor nesta vida, a quem abraçava com afecto tal que é insuficiente dizer que cumpria fielmente o dever de pai segundo o espírito do texto: 'O filho a quem amas'; Jacob foi pai de doze filhos e só a um amou; Abraão teve somente um, aquele a quem amava.
A Bodhisattsva is a highly evolved human being on the way to becoming a Buddha, who is not seeking enlightenment for himself alone, but has vowed to help all other beings achieve Buddhahood before he enters into nirvana. The origin of this idea lies in the decision of the Buddha – presented in Buddhist tradition as a conscious and not at all easy decision – not simply to enter nirvana, but to return to the world in order to show the path to salvation to his fellow human beings. The Bodhisattsva ideal is also consistent with the Buddhist doctrine of non-ego, because if there is no separate individual self, the idea of one individual entering nirvana alone obviously does not make much sense.
Quando as pessoas dizem que devemos pensar mais na alma e menos no corpo, a minha resposta é que o mesmo Deus que fez a alma fez o corpo também… Considero que Deus é adorado não só pela criação espiritual mas também pela material. Os nossos corpos, templos do Espírito Santo, não devem ser corrompidos por qualquer doença que possa ser evitada, degradados pela sujidade nem incapacitados para o Seu serviço pelo sofrimento desnecessário.
Começaste por fabricar uma filiação fabulosa, pretendendo que devias o teu nascimento a uma virgem. Em realidade, és originário de um lugarejo da Judeia, filho de uma pobre campónia que vivia do seu trabalho. Esta, culpada de adultério com um soldado, Pantero, foi expulsa por seu marido, carpinteiro de profissão. Expulsa assim e errando aqui e além ignominiosamente, ela deu-o à luz em segredo. Mais tarde, constrangida pela miséria a expatriar-se, foste para o Egipto, aí alugaste os braços por um salário, e , tendo aprendido alguns desses poderes mágicos de que os Egípcios se gabam, voltaste ao teu país e, inchado com os efeitos maravilhosos que sabias provocar, proclamaste-te Deus.
A superficialidade é a maldição de nosso tempo. A doutrina da satisfação instantânea é, antes de tudo, um problema espiritual. A necessidade urgente hoje não é de um maior número de pessoas inteligentes, ou dotadas, mas de pessoas profundas.
Não há nada como a incerteza e a ansiedade para barricar o espírito humano contra o Inimigo. Ele quer que os homens se preocupem com o que fazem; a nossa tarefa é mantê-los a pensar no que irá acontecer-lhes.
Bastava apelar para um deles, pois Ida Arnold defendia a causa justa. Era jovial e cheia de saúde, podia emborcar um copo como o melhor de entre eles. Gostava da pândega, os seus grandes seios exibiam francamente a sua carnalidade pelo Old Steyne fora, mas bastava olhá-la para compreender que se podia ter confiança nela. Não iria contar coisas à esposa de ninguém, não lembraria a um homem, na manhã seguinte, o que ele desejava esquecer.
Ninguém vos domine a seu belprazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu, estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus. Se, pois, estais mortos com Cristo, quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem, pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para satisfação da carne.
Hoje, como escreve Toby Young em recente ensaio para a revista "Prospect", a era meritocrática foi enterrada. Depois do berço e do mérito, chegámos à era da celebridade. Podemos nascer no berço certo; podemos até subir a corda social com os nossos próprios pulsos, provando o nosso valor intrínseco; mas se não somos "famosos", ou seja, se não alimentamos o voyeurismo coletivo em que vivemos, não somos rigorosamente nada. Vivemos em sociedades mediatizadas e massificadas. E numa sociedade mediatizada e massificada, é o anonimato, e não a pobreza ou a incompetência, que pesa profundamente sobre a espécie.
Hoje não é tão difícil acreditar que alguém cure um doente pela fé como seria acreditar que um grupo de pessoas tivesse tudo em comum vendesse as suas propriedades e fazendas, e repartisse com todos, segundo a sua necessidade (Actos 2:44-5). É mais fácil uma pessoa falar em línguas do que um escravo «inútil» converter-se na prisão, tornar-se útil e, como resultado, passar a ser irmão em pé de igualdade com o seu antigo senhor (Filemon 8:16). É mais fácil alguém predizer o futuro correctamente do que um perseguidor feroz da igreja ser confrontado com Cristo ressuscitado, mudar toda a orientação de vida, considerar as suas ambições anteriores como «esterco», e tornar-se o grande apóstolo aos gentios (Actos 9:1-39, etc.).
Não permitas pois que alguma emoção passageira te distraia da tua verdadeira missão – minar-lhe a fé e evitar a formação de virtudes. Na tua próxima carta, sem falta, faz-me o relato completo das reacções do paciente à guerra, a fim de podermos considerar se tens mais a ganhar transformando-o num grande patriota ou num ardente pacifista.
Sobretudo, obrigava-me a visitar regularmente os cafés especializados onde se reuniam os nossos humanistas profissionais. Os meus bons antecedentes faziam, naturalmente, com que aí fosse bem recebido. Lá, sem me fazer notar, deixava escapar um palavrão: «Graças a Deus!», dizia, ou mais simplesmente: «Meu Deus…» Sabe como os nossos ateus de taberna são uns tímidos comungantes. Um momento de pasmo seguia-se ao enunciado desta enormidade, olhavam-se, estupefactos, depois rebentava o tumulto, uns fugiam do café, outros cacarejavam com indignação sem a nada dar ouvidos, todos se contorciam em convulsões, como o Diabo sob a água benta.
Estar unificado com o Uno não significava coisa alguma, em comparação com um copo de Guiness num dia de sol. Acreditava em fantasmas, mas não se podia chamar vida a essa ténue e transparente existência: o ranger de uma tábua, um pedaço de ectoplasma num armário de vidro na sede da Sociedade de Investigações Psíquicas, uma voz que ela ouvira, certa vez, numa sessão dizendo: «Tudo é esplêndido no plano superior. Há flores por toda a parte». «Flores!», pensava Ida com desdém. Isso não era a vida. A vida era a luz do sol a refulgir nos varões de latão da cama, um cálice de Porto ao rubro, o pulo que dá o coração da gente quando o cavalo em que apostámos atinge a meta e os discos sobem um após o outro. A vida era os pobres lábios de Fred colados aos seus, no táxi, vibrando com a trepidação do motor ao longo da avenida. De que valia morrer para depois vir dizer tolices sobre flores?