Sobretudo, obrigava-me a visitar regularmente os cafés especializados onde se reuniam os nossos humanistas profissionais. Os meus bons antecedentes faziam, naturalmente, com que aí fosse bem recebido. Lá, sem me fazer notar, deixava escapar um palavrão: «Graças a Deus!», dizia, ou mais simplesmente: «Meu Deus…» Sabe como os nossos ateus de taberna são uns tímidos comungantes. Um momento de pasmo seguia-se ao enunciado desta enormidade, olhavam-se, estupefactos, depois rebentava o tumulto, uns fugiam do café, outros cacarejavam com indignação sem a nada dar ouvidos, todos se contorciam em convulsões, como o Diabo sob a água benta.
"Examinai tudo. Retende o bem", I Tessalonicenses 5:21
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