Ele não era feito para a paz, não podia crer nela. O Céu era uma simples palavra; o Inferno, uma coisa em que podia acreditar. Um cérebro só é capaz daquilo que pode conceber, e não pode conceber aquilo que nunca experimentou: as suas células eram formadas pelo pátio de recreio cimentado da escola, pelo fogão apagado e o homem a agonizar na sala de espera de St. Pancras, pela sua cama no Frank e pela cama paterna. Um terrível sentimento se agitava no seu íntimo: por que não tivera ele a sua oportunidade como os outros, por que não lhe fora dado vislumbrar o Céu, ainda que fosse apenas uma nesga entre as paredes de Brighton?...
"Examinai tudo. Retende o bem", I Tessalonicenses 5:21
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