Mas, ainda assim, tendes toda a certeza de que o homem se habituará infalivelmente quando desaparecerem por completo alguns hábitos velhos e maus e quando o senso comum e a ciência reeducarem por completo e orientarem por norma a natureza humana. Tendes a certeza de que, então, o homem também deixará de enganar-se voluntariamente e, por assim dizer, não desejará naturalmente desunir a sua vontade dos seus interesses normais. Mais ainda: então, dizem os senhores, a própria ciência ensinará ao homem (embora, a meu ver, isso seja um luxo) que, na realidade, ele não tem vontade nem capricho, nem os teve nunca, e mais não é do que uma espécie de tecla de piano ou pistão do órgão; e que além disso, há no mundo leis da natureza, logo, tudo o que o homem faz não é feito por sua vontade, mas espontaneamente, pelas leis da natureza. Por conseguinte, basta descobrir essas leis da natureza, e o homem nem responsável será pelos seus procedimentos, e ser-lhe-á muito mais fácil sobreviver.
"Examinai tudo. Retende o bem", I Tessalonicenses 5:21
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