Depois morres, amortalham-te à pressa, um qualquer, refilando – não há tempo! –, ninguém para te benzer, ninguém mesmo para soltar um pequeno suspiro por ti, depressa que se faz tarde. Compram-te um caixão barato, tiram-te da cave, como tiraram de manhã essa desgraçada, fazem o teu banquete de luto numa taberna. Na campa rasa – a lama, a sujidade, essa neve líquida; para quê fazer cerimónias? «Toca a baixá-la, Vânia; lá vai a má sina dela – de pernas para o ar aqui também, a grande porca. Mas encurta-me essas cordas rapaz» «Estão bem assim.» «Mas como é que estão bem assim? Não vês que ela está de lado? É um ser humano, ao fim e ao cabo! E depois, que se amole! Vai, deita a terra.» Os coveiros não vão querer zangar-se por tua causa.
"Examinai tudo. Retende o bem", I Tessalonicenses 5:21
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