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A mostrar mensagens de abril, 2010
Desarmem os campos minados da ignorância onde se infiltra friamente o preconceito, esse sim, fatal, letal, brutal e não há senso que lhe valha o preconceito desempalha animais incongruentes atacando pela trilha de uma ilha outrora virgem Aparência da virtude O preconceito nunca falha flecha certeira na esteira da inocência aparência de virtude E por mais que se escude na justificação pseudo-ética cosmética, caquética do seu valor de guardião das morais vitais pra lá do ano 2000 o preconceito não tem estado civil é casado com a morte divorciado da vida é viúvo de si mesmo é solteiro e por junto separado suicida Desarmem o preconceito! Armem por favor as armas do amor amor no sentido primeiro e secular armem o mar armem o vento p'ro uso depois vão e regressem depois mas por quem sois mas por quem sois armem as armas do amor armem as armas do amor armem as armas do amor armem por favor as armas do amor Desarmem as metralhadoras côr-de-cinza que defendem a condescendência ca
Joyce woke me up to the infinity of meaning within the limitations of the ordinary person in the ordinary day. Leopold Bloom buying and selling, talking and listening, eating and defecating, praying and blaspheming is mythic in the grand manner. The twenty-year-long voyage from Troy to Ithaca is repeated every twenty-four hours in anyone's life if we only have eyes and ears for it.
Não deveria nos surpreender ou nos assustar que todas as culturas possuem mitos sobre a criação, lendas sobre o dilúvio e conceitos rituais similares. Deveríamos esperar isso. E não devemos tremer diante do erudito moderno que vê a invenção histórica em origens míticas. O facto de haver uma similaridade entre o mito no cristianismo e em outras religiões não significa que o cristianismo está em pé de igualdade com essas religiões ou subordinado a um monomito cristão mais genérico. O próprio cristianismo é a verdadeira encarnação do monomito na história, e as outras mitologias o reflectem e o distorcem, como se fossem espelhos sujos ou quebrados.
Segundo Campbell, todas as religiões e mitologias são apenas manifestações locais de uma verdade singular do que ele chama de ‘monomito’ do herói. O monomito, em sua forma mais básica, consiste de uma viagem de separação do herói desde a sua iniciação até ao retorno, e incorpora a redenção de uma maneira que iremos discutir no próximo capítulo, quando falarmos sobre a estrutura da história. Campbell procura provar a sua tese com uma recitação eclética de muitas das histórias do mundo, desde os mitos da criação até as lendas sobre o dilúvio e os heróis da fé.
«O que é do mar se os rios se recusam?». Reencontro esta frase espantosa, que não lia há anos, embora tenha todas as edições portuguesas (cinco) de A Nossa Necessidade de Consolo é Impossível de Satisfazer (Antígona) É um brevíssimo texto póstumo de Stig Dagerman, escritor sueco que se suicidou em 1954. Lembro-me bem de ter comprado a primeira edição, em 1995, tinha eu 22 anos, era então um romântico radical. Dagerman fazia as duas perguntas essenciais: o que podemos exigir da vida e qual é a libertação em caso de fracasso. As questões importantes aos 22: a felicidade e o suicídio. Escrito em estado de depressão, o texto é porém bem menos depressivo do que eu recordava, ainda indeciso se a noite é uma treva entre dois dias ou se o dia é uma treva entre duas noites. A ideia que consola é o suicídio, a ideia do suicídio, essa opção. Creio que o texto é escrito naquela fase optimista da depressão, em que imaginamos que o suicídio consola. Dagerman tem porém consciência de que o consolo é
Listen carefully to what I am saying—and be wary of the shrewd advice that tells you how to get ahead in the world on your own. Giving, not getting, is the way. Generosity begets generosity. Stinginess impoverishes.
Is this one for the people? Is this one for the Lord? Or do I simply serenade for things I must afford? You can jumble them together, my conflict still remains Holiness is calling, in the midst of courting fame Cause I see the trust in their eyes Though the sky is falling They need Your love in their lives Compromise is calling What if I stumble, what if I fall? What if I lose my step and I make fools of us all? Will the love continue when my walk becomes a crawl? What if I stumble, and what if I fall? What if I stumble, what if I fall? You never turn in the heat of it all What if I stumble, what if I fall? Father please forgive me for I can not compose The fear that lives within me Or the rate at which it grows If struggle has a purpose on the narrow road you've carved Why do I dread my trespasses will leave a deadly scar Do they see the fear in my eyes? Are they so revealing? This time I cannot disguise all the doubt I'm feeling What if I stumble? Everyone's got to c
How many times have You heard someone say If I had his money I could do things my way But little they know That it's so hard to find One rich man in ten With a satisfied mind Once I was waitin' In fortune and fame Everything that I dreamed for To get a start in life's game Then suddenly it happened I lost every dime But I'm richer by far With a satisfied mind Money can't buy back Your youth when you're old Or a friend when you're lonely Or a love that's grown cold The wealthiest person Is a pauper at times Compared to the man With a satisfied mind When my life has ended And my time has run out My friends and my loved ones I'll leave there's no doubt But one thing's for certain When it comes my time I'll leave this old world With a satisfied mind Quantas vezes já aconteceu Ouvires alguém dizer Que se tivesse o dinheiro de fulano Poderia fazer as coisas à minha maneira Mas mal eles sabem Que é tão difícil encontrar Um homem ri
Um caso eloquente na nossa época é do Nelson Mandela. Impelido por uma poderosa vaga, com a auréola do prestígio que lhe conferiam os seus longos anos de detenção, estava na posição do chefe da orquestra. Os olhos dos seus compatriotas estavam virados para ele, para as suas expressões, para os seus gestos. Se tivesse deixado falar a sua amargura, acertado contas com os seus carrascos, punido todos os que tinham apoiado ou tolerado o apartheid, ninguém poderia censurá-lo por isso. Se tivesse querido permanecer na presidência da República até ao seu último fôlego e governar como autocrata, ninguém poderia impedi-lo de o fazer. Mas ele teve o cuidado de dar, muito explicitamente, sinais muito diferentes. Não se contentou em perdoar aqueles que o tinham perseguido, quis mesmo visitar a viúva do antigo primeiro-ministro Verwoerd, um dos artífices da segregação, para lhe dizer que o passado era já o passado e que ela também tinha o seu lugar na nova África do Sul. A mensagem era clara: eu,
Gosto da história do Filipe que tinha Síndroma de Down e era posto de parte pelos seus colegas. Um dia, durante a época da Páscoa, a professora para tentar ilustrar esta verdade tão bonita do renascer da natureza e da Ressurreição de Cristo, deu uma caixinha de cartão a todos os alunos da classe. Tinham uma missão: ir para o campo e trazer de volta um símbolo da Páscoa. Os garotos foram em alegre algazarra cumprir a tarefa. De volta, colocaram as caixinhas em cima da mesa da professora. Um a uma a professora foi abrindo as caixas. A primeira tinha lá dentro uma borboleta que saiu voando assarapantada. “Que lindo!” – exclamaram as crianças. A caixa seguinte continha um ramo singelo de flores silvestres. “É a natureza a voltar à vida” – dizia a professora, passando a outra caixa. A caixa seguinte estava ... vazia. Simplesmente vazia. “Assim não vale” – disse a miudagem – “alguém fez batota”. “É minha” – interveio o pequeno Filipe. “Pois é, nunca fazes nada de jeito” – gozaram os colegas