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A mostrar mensagens de abril, 2019

It's my house

It's my house and I live here (I wanna tell you) It's my house and I live here There's a welcome mat at the door And if you come on in You're gonna get much more There's my chair I put it there Everything you see Is with love and care On the table, there sits a rose Through every window A little light flows Books of feeling on the shelf above 'cause it was built for love I was built for love There's a candle to light the stairs Where my dreams await someone to share Oh, there's music on the radio And good vibrations won't let me go I put my name on the ceilin' above 'cause it was buillt for love You say you wanna move in with me You say you wanna move in with me Got to follow the rules to get me Got to follow the rules to get me You wanna visit my house Say you wanna drop by Wanna visit my house, yeah To see me sometimes

A casa

A casa. Pensá-la agora um pouco sem bem saber porquê. Talvez porque ela se te afunda na memória como tudo o que passou. Existiria ela outrora na cidade? Hoje não existe. Ela implica a existência da família e a família é tão problemática. Centro de convergência da união do sangue, ela fechava-nos no seu abrigo, impregnada da nossa história, do que em nós foi alegria ou amargura ou esperança, envolvia-nos de protecção no que em nós não morre de infância até à idade adulta ou da velhice. Entrar em casa, fechar a porta, e encontrar uma defesa segura contra tudo o que nos agrediu. Nela encontramos o repouso para a fadiga do corpo e da alma. Entrar em casa é reencontrarmo-nos connosco, a nossa pessoa de que nos tínhamos perdido. É sobretudo estar alguém connosco, mesmo que não esteja ninguém. Porque a casa tem uma alma. Ela cria-se com o que de todos os que nela são ou foram, se depositou nas salas, nos móveis, em todos os objectos. É por isso que entrar numa casa vazia e alheia é sentir log

Estar contactável nos anos 30

Os seus pensamento foram interompidos pela abertura da porta. Devine entrou, sozinho, trazendo consigo um tabuleiro com uma garrafa de uísque, copos e um cifão. - Weston anda ver se encontras alguma coisa para comer – disse, pousando o tabuleiro no chão, ao lado da cadeira onde Ransom se encontrava sentado, e principiando a abrir a garrafa. Ransom, que, na verdade, se sentia bastante sequioso, reparou que o seu anfitrião era uma das tais pessoas irritantes que se esquecem de utilizar as mãos ao mesmo tempo de falam. Devine, que começara a tirar a prata que cobria a rolha com a ponta do saca-rolhas, parou de repente para perguntar: - Como é que veio parar a estar zona selvagem do país? - Ando a dar uma volta pelas redondezas – respondeu Ransom. - A noite passada dormi em Stoke Underwood e estava a pensar ficar esta noite em Nadderby. Como eles não me deram hospitalidade, resolvi seguir para Sterk. - Santo Deus! - exclamou Devine, mantendo a rolha no interior da garrafa. - Fazes is

Contactar pela primeira vez com uma nova arte

A qualquer homem, ao contactar pela primeira vez com uma nova arte, depara-se-lhe, a certa altura, algo que, erguendo a ponta do véu que esconde o mistério, revela, numa explosão de maravilha que o posterior entendimento total quase nunca chega a igualar, um lampejo das imensas possibilidades que lhe são inerentes. Para Ransom, esse momento ocorreu naquela altura, no que dizia respeito à sua compreensão das canções malacandrianas. De início reparou que o ritmo utilizado tinha por base a influência de um sangue diferente do nosso, de um coração que batia mais depressa e de uma temperatura interna mais elevada. O conhecimento que tinha das criaturas, e o amor que entretanto desenvolvera em relação a elas, fez que começasse a ouvi-las tal como cantavam. As primeiras estrofes do canto fúnebre, cantadas em notas baixas, acordando nele a sensação de grandes massas que se moviam a velocidades inconcebíveis, de gigantes dançando, de mágoas eternamente dissipadas por algo que desconhecia mas de