Quando Robert Kalley chegou à Madeira, em 1839, nessa ilha secularmente católica, com 140 sacerdotes da Igreja de Roma, havia apenas oitenta Bíblias. Três anos depois, havia mais de três mil livros religiosos em português, editados em Londres – entre Bíblias, evangelhos e alguns dos livros do Antigo Testamento.
Nesta história feita como se fosse de pedrinhas encaixadas, não é menor essa outra coincidência de terem nascido, em 1809, e no Reino Unido, duas crianças com destinos notáveis, inicialmente paralelos e tão divergentes depois. Robert Kalley e Charles Darwin: ambos estudaram Medicina, tornaram-se embarcadiços como cirurgiões de navio, andaram pelo mundo e regressaram à Grã-Bretanha.
Entretanto, aconteceu-lhes uma revolução nas crenças. Charles, que se tornara clérigo, apaixonou-se pela ciência e o seu principal livro, Sobre a Origem das Espécies por Meio da Selecção Natural, iria desacreditar, como nenhum outro, a verdade da Bíblia. Robert, que se afastou da religião da infância para voltar a ela com ganas de ovelha que reencontra o redil, seria o difusor da Bíblia por um mundo vasto e inexplorado, o da língua portuguesa.
A sua acção na Madeira foi classificada, por contemporâneos e correligionários, como “o facto maior das Missões Protestantes Modernas”. Talvez um exagero mas, em todo o caso, Kalley foi protagonista da primeira grande evangelização protestante em Portugal. Além disso, viria a ser também o primeiro missionário protestante do Brasil, onde é considerado o fundador de duas importantes igrejas, a Evangélica Congregacional e a Cristã Evangélica.
O Império Britânico homenageia só os que directamente o serviram, pela conquista ou pela glória nas Artes, Letras ou Ciências. Por isso, tanto David Livingstone como Charles Darwin repousam no panteão imperial, na Abadia de Westminster. Respeitadora, a Grã-Bretanha não se mete por searas alheias, deixa a Deus o que é exclusivamente de Deus e, em 1888, Robert Reid Kalley, foi discretamente enterrado no Dean Cemetery, em Edimburgo.
Nesta história feita como se fosse de pedrinhas encaixadas, não é menor essa outra coincidência de terem nascido, em 1809, e no Reino Unido, duas crianças com destinos notáveis, inicialmente paralelos e tão divergentes depois. Robert Kalley e Charles Darwin: ambos estudaram Medicina, tornaram-se embarcadiços como cirurgiões de navio, andaram pelo mundo e regressaram à Grã-Bretanha.
Entretanto, aconteceu-lhes uma revolução nas crenças. Charles, que se tornara clérigo, apaixonou-se pela ciência e o seu principal livro, Sobre a Origem das Espécies por Meio da Selecção Natural, iria desacreditar, como nenhum outro, a verdade da Bíblia. Robert, que se afastou da religião da infância para voltar a ela com ganas de ovelha que reencontra o redil, seria o difusor da Bíblia por um mundo vasto e inexplorado, o da língua portuguesa.
A sua acção na Madeira foi classificada, por contemporâneos e correligionários, como “o facto maior das Missões Protestantes Modernas”. Talvez um exagero mas, em todo o caso, Kalley foi protagonista da primeira grande evangelização protestante em Portugal. Além disso, viria a ser também o primeiro missionário protestante do Brasil, onde é considerado o fundador de duas importantes igrejas, a Evangélica Congregacional e a Cristã Evangélica.
O Império Britânico homenageia só os que directamente o serviram, pela conquista ou pela glória nas Artes, Letras ou Ciências. Por isso, tanto David Livingstone como Charles Darwin repousam no panteão imperial, na Abadia de Westminster. Respeitadora, a Grã-Bretanha não se mete por searas alheias, deixa a Deus o que é exclusivamente de Deus e, em 1888, Robert Reid Kalley, foi discretamente enterrado no Dean Cemetery, em Edimburgo.
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