13 de Novembro de 1887 – (Em Na Kandundo). Durante a noite fugiram dois escravos, uma mulher com o filho às costas e uma rapariga nova, que por sinal, pertencia a Cinyama. Esta manhã forma enviados vários bandos à sua procura, e a rapariga nova depressa foi apanhada. Ataram-lhe as mãos atrás das costas, tiraram-lhe a pouca roupa que trazia e deram-lhe uma tareia. Ouvi, depois, dizer que a outra também tinha sido apanhada, e saí, resolvido a livrá-la de tratamento idêntico, caso possível. Puseram-na ao lado da rapariga, que constituía um triste espectáculo, com o filho às costas e escorrendo sangue de um dos seios. Tiraram-lhe a criança, e um homem novo, mero rapazola, foi direito a ela e bateu-lhe na cabeça. Imediatamente fiz justiça por minhas próprias mãos e dei-lhe uma boa sova, prometendo fazer o mesmo a alguém que ousasse maltratá-la. Poderá alguém censurar-me por causa disto? Se a isso se sentirem inclinados, podem fazê-lo, mas não posso ficar quieto ao ver homens e mulheres indefesas cruelmente maltratados, pelo crime de procurarem alcançar a liberdade, sem fazer o possível para o impedir. Disse a Cinyama que pusesse a rapariga na cabana e avisei-o de que, se permitisse que ela sofresse mais maus tratos do mesmo género, ele e eu seguiríamos caminhos diferentes. Nada mais ouvi, mas voltei à minha cabana e chorei ao ver a desgraça desta gente. Só a Verdade de Deus poderá endireitar as coisas aqui, como em toda a parte.
Deus é perfeitamente unificado como um Deus, e no entanto, Deus é perfeitamente diversificado nas três pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Há unidade e diversidade na realidade absoluta. Não há um Deus que escolhe revelar-se em três maneiras de modo a criar uma aparência de diversidade, e não há três pessoas que escolhem unir-se e cooperar de modo a criar uma aparência de serem unificadas. A realidade original é 100% unificada e 100% diversificada. É uma realidade de 200% que não pode ser compreendida pela simples lógica. Aqui está um provérbio que inventei para capturar a essência desta realidade: Deus sozinho é Deus, e Deus não é sozinho (God alone is God, and God is not alone) . Não podes fazer esta afirmação sobre outro Deus ou perfeição original. Tu podes dizer Buda sozinho é Buda, e ficamos por aí. O resto é silêncio. Tu podes dizer Krishna sozinho é Krishna e Alá sozinho é Alá, mas novamente, o resto é silêncio. Se o Deus do terceiro círculo quer falar com alguém...
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