Esta era a posição do judeu e do judaizante. Paulo os
descreve como “procurando estabelecer a sua própria (justiça)”(Romanos 10:3).
Esta tem sido a religião do povo comum, antes e depois deles. É a religião que
se encontra nas ruas, hoje. De facto, é o princípio fundamental de cada sistema
religioso e moral do mundo, excepto o Cristianismo do Novo Testamento. É um
princípio popular porque é lisonjeiro. Ele diz ao homem que, se ele tão somente
conseguir melhorar um pouco o seu comportamento e se ele se esforçar um
pouquinho mais, conseguirá obter a sua própria salvação.
E por fim, sobre a escuridão dos telhados lustrosos, a luz fria da manhã tépida raia como um suplício do Apocalipse. É outra vez a noite imensa da claridade que aumenta. E outra vez o horror de sempre — o dia, a vida, a utilidade fictícia, a atividade sem remédio. E outra vez a minha personalidade física, visível, social, transmissível por palavras que não dizem nada, usável pelos gestos dos outros e pela consciência alheia. Sou eu outra vez, tal qual não sou. Com o princípio da luz de trevas que enche de dúvidas cinzentas as frinchas das portas das janelas — tão longe de herméticas, meu Deus! -, vou sentindo que não poderei guardar mais o meu refúgio de estar deitado, de não estar dormindo mas de o poder estar, de ir sonhando, sem saber que há verdade nem realidade, entre um calor fresco de roupas limpas e um desconhecimento, salvo de conforto, da existência do meu corpo. Vou sentindo fugir-me a inconsciência feliz com que estou gozando da minha consciência, o modorrar de animal com q...
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