"- Lógica! - Exclamou o profesor, mais para si do que para os garotos. - Porque não ensinam Lógica nas nossas escolas? Só há três possibilidades. Ou a vossa irmã anda a mentir, ou está louca, ou está a dizer a verdade. Vocês sabem que ela não mente, e é óbvio que não está louca. Então por agora, e a menos que surjam outros indícios em contrário, temos de partir do princípio de que ela está a dizer a verdade.
Susan olhou-o com toda a atenção e, pela expressão do seu rosto, teve a certeza de que ele não estava a troçar deles.
- Mas como poderia iso ser verdade, professor? - perguntou Peter?
- Porque dizes isso?
- Bem, por um lado, se fosse real, porque não encontraram todas as pessoas esse país de cada vez que vãoao guarda-fatos? Quero dizer, não havia lá nada quando nós olhámos; e a Lucy também confirmou que, de facto, não havia.
- Que tem isso a ver com o assunto?
- Bem, professor, quando as coisas são reais, existem sempre - explicou Peter.
- Existem? - perguntou o professor. E Peter ficou sem saber o que quereria ele dizer.
- Mas não houve tempo - disse Susan. A Lucy não teve tempo de ir a parte nenhuma, mesmo que esse lugar existisse. Apareceu a correr atrás de nós mal saímos da sala. Levou menos de um minuto e afirmou ter passado lá horas.
- É isso que torna tão provável o facto de a história ser verdadeis. Se houver uma porta nesta casa que conduza a um outro mundo (e devo avisar-vos de que esta casa é muito estranha e de que eu mesmo sei muito pouco a seu respeito), se, repito, ela foi até outro mundo, não me surpreenderia nada descobrir que esse mundo tinha um tempo diferente do nosso; de modo que, por muito tempo que lá ficasse, isso não seria tempo nenhum no nosso. Por outro lado, nãoi julgo que muitas meninas da idade dela inventassem uma coisa dessas. Se ela tivesse andado a fingir, ter-se-ia escondido durante um tempo razoável antes de aparecer a contar-vos a história.
- Mas o professor quer mesmo dizer que pode haver outros mundos em toda a parte, mesmo aqui pertinho? - perguntou Peter
- Nada é mais provável - respondeu o professor, tirando os óculos e começando a limpá-los, enquanto resmungava baixinho: Que lhes ensinarão na escola?"
Susan olhou-o com toda a atenção e, pela expressão do seu rosto, teve a certeza de que ele não estava a troçar deles.
- Mas como poderia iso ser verdade, professor? - perguntou Peter?
- Porque dizes isso?
- Bem, por um lado, se fosse real, porque não encontraram todas as pessoas esse país de cada vez que vãoao guarda-fatos? Quero dizer, não havia lá nada quando nós olhámos; e a Lucy também confirmou que, de facto, não havia.
- Que tem isso a ver com o assunto?
- Bem, professor, quando as coisas são reais, existem sempre - explicou Peter.
- Existem? - perguntou o professor. E Peter ficou sem saber o que quereria ele dizer.
- Mas não houve tempo - disse Susan. A Lucy não teve tempo de ir a parte nenhuma, mesmo que esse lugar existisse. Apareceu a correr atrás de nós mal saímos da sala. Levou menos de um minuto e afirmou ter passado lá horas.
- É isso que torna tão provável o facto de a história ser verdadeis. Se houver uma porta nesta casa que conduza a um outro mundo (e devo avisar-vos de que esta casa é muito estranha e de que eu mesmo sei muito pouco a seu respeito), se, repito, ela foi até outro mundo, não me surpreenderia nada descobrir que esse mundo tinha um tempo diferente do nosso; de modo que, por muito tempo que lá ficasse, isso não seria tempo nenhum no nosso. Por outro lado, nãoi julgo que muitas meninas da idade dela inventassem uma coisa dessas. Se ela tivesse andado a fingir, ter-se-ia escondido durante um tempo razoável antes de aparecer a contar-vos a história.
- Mas o professor quer mesmo dizer que pode haver outros mundos em toda a parte, mesmo aqui pertinho? - perguntou Peter
- Nada é mais provável - respondeu o professor, tirando os óculos e começando a limpá-los, enquanto resmungava baixinho: Que lhes ensinarão na escola?"
Comentários
Ecos também do argumento sobre a identidade de Jesus.
Uma passagem que ressalta no filme também.
Mas é isso mesmo, tanta coisa tão condensada num excertozinho de meia dúzia de linhas. Em comparação com as Crónicas de Nárnia, as restantes histórias infantis dos nossos tempos só podem contribuir para tornar as crianças "inofensivas".