Quando de manhã, logo que nasce o Sol, vou para o me querido Wahlheim, quando eu próprio colho as minhas ervilhas no quintal da minha hospedeira, quando me sento para as descascar e ler Homero, quando vou escolher a panela à pequena cozinha, quando me sirvo da manteiga, ponho as ervilhas ao lume, as cubro e me sento ao pé para as mexer de vez em vez, sinto então intensamente como os altaneiros amantes de Penélope podiam eles próprios matar, retalhar e fazer assar os bois e os porcos. Não há nada que me encha de sentimentos verdadeiros e doces como estes factos da vida patriarcal, com que eu posso, sem afectação, engalanar a vida.
Como me sinto feliz por ter um coração feito para sentir as alegrias inocentes e simples do homem que põe na sua mesa a couve que ele próprio cultivou! Não goza apenas a couve, mas relembra ao mesmo tempo a bela manhã em que a plantou, as deliciosas tardes em que a regou, e o prazer que sentia dia-a-dia ao vê-la crescer.
Como me sinto feliz por ter um coração feito para sentir as alegrias inocentes e simples do homem que põe na sua mesa a couve que ele próprio cultivou! Não goza apenas a couve, mas relembra ao mesmo tempo a bela manhã em que a plantou, as deliciosas tardes em que a regou, e o prazer que sentia dia-a-dia ao vê-la crescer.
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