Semelhantemente ao que acontecia na Idade Média, muitas pessoas ainda hoje são analfabetos bíblicos bastante acomodados às imagens, como já mencionámos. A nossa sociedade valoriza mais a emoção do que o conhecimento ou a acção. Confunde sentimento com envolvimento. Muitos supõem, erroneamente, que ir a um concerto de rcok em prol da caridade é o mesmo que ajudar os pobres. São iludidas por acreditar que chorar diante de imagens de crianças famintas na TV é o mesmo que dar comida aos que têm fome. Assim, também muitas pessoas concluem, equivocadamente, que ‘acreditar em Deus’ as livrará do inferno, desconhecendo que até mesmo os demónios crêem – e tremem (Tiago 2:19). (…) É nossa obrigação comunicar às pessoas que forem ver A Paixão de Cristo que sentir pena de Jesus e vê-lo como uma vítima não é o mesmo que ser discípulo dele.
Deus é perfeitamente unificado como um Deus, e no entanto, Deus é perfeitamente diversificado nas três pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Há unidade e diversidade na realidade absoluta. Não há um Deus que escolhe revelar-se em três maneiras de modo a criar uma aparência de diversidade, e não há três pessoas que escolhem unir-se e cooperar de modo a criar uma aparência de serem unificadas. A realidade original é 100% unificada e 100% diversificada. É uma realidade de 200% que não pode ser compreendida pela simples lógica. Aqui está um provérbio que inventei para capturar a essência desta realidade: Deus sozinho é Deus, e Deus não é sozinho (God alone is God, and God is not alone) . Não podes fazer esta afirmação sobre outro Deus ou perfeição original. Tu podes dizer Buda sozinho é Buda, e ficamos por aí. O resto é silêncio. Tu podes dizer Krishna sozinho é Krishna e Alá sozinho é Alá, mas novamente, o resto é silêncio. Se o Deus do terceiro círculo quer falar com alguém...
Comentários
Que giro, vieste aqui ter ao coiso das citações.
Sobre a relação da humanidade com oa devoção ou a disciplina, não acho que o afastamento seja fruto apenas do esquecimento. Penso que também tem a ver a alguma desilusão com o resultados das lutas ideológicas (estou a meter ideal e ideologia no mesmo pacote, eu sei, é um mau arredondamento) do século XX.
A minha paz neste assunto reside no facto de o discipulado cristão ser dirigido a Jesus Criso, uma pessoa, um ser, e não um conjunto de ideias de cunho humano (ou seja, acredito que Jesus foi Deus).