Para as pessoas habituadas a viver no domínio do subjectivo, as diferenças de doutrina não importam. O fim deles é formar a síntese. Só assim, para mim, se explica que Karl Barth pudesse, como fez no Concílio Ecuménico, em Amesterdão, dizer certas verdades fortes sobre ritos católico-romanos, sem cessar, no entanto, de falar da Igreja romana como sendo uma Igreja autêntica. (…) Uma vez que se penetra do mundo subjectivo, sem princípio objectivo de autoridade, e sobretudo com a tal concepção de síntese, não se pode considerar as diferenças de ordem teológica de outra forma senão como um “patamar” permitindo atingir uma verdade superior. Assim temos direito de afirmar que na realidade estes homens montaram a mais hábil das contrafacções do Cristianismo verdadeiro. Eles encontram-se, certamente, ainda mais afastados de nós que a Igreja católica-romana e mesmo que os modernistas.
Comentários
Este é um tema que me tem ocupado muito a cabeça. Claro que para pô-lo no termos em que ele é falado e pensado, é preciso 'right' por 'vontade de Deus' (e não é uma questão de simples evangeliquês). O emprego/vocação/ministério/cônjugue/cidade que Deus quer para nós, isto para um determinado tempo concreto da nossa vida.
A minha experiência de vida deu-me recentemente dois reveses neste assunto, e se for minimamente racional na análise da minha própria vida, mais parece que se Deus me tem tentado transitir uma mensagem, ela será a de não andar na expectativa de encontrar uma companheira certa, ou uma vocação certa, ou um emprego certo, ou de uma cidade/país/continente certo. Nem sequer exercitar esse músculo.
Sinto-me sempre acusado de ser demasiado 'racional' mas isto é só a minha experiência. Mas ainda assim, não me sinto num ponto 'set me free', longe disso.
PS: estava a ver que nunca mais postavas! Abraço.