Hoje fiz a barba com Colgate Triple Action. Não posso dizer que tenha desgostado: a pouca espuma que o pincel produziu e o consequente atrito acrescido da lâmina sobre a pele gordurosa e borbulhenta foi compensado pelo cheiro a Hálito Fresco que deito da cara e do pescoço (sim, também faço a barba no pescoço), o que sempre dá para disfarçar o ar carregado de aromas de peixe-espada-preto grelhado que desde ontem ventilo da boca. Faz lembrar aquela vez em que, estando atrasado para um jogo de futebol (no qual era peça essencial, mais ou menos como o João Alves é para o Sporting) confundi o Tatum-verde pelo Dystron da minha tia. Também não posso dizer que tenha desgostado: a higiene vaginal que se produziu na minha cavidade oral deu o golpe de misericordia no abcesso que me atacou o primeiro pré-molar esquerdo do maxilar superior depois de ter andado quase uma semana com uma espinha de sardinha enfiada entre a gengiva e o dente. Já lavei o chão com Florestal, já adubei uma planta com Benurons. Mas creio que ter substituido um vidro (que previamente apedrejara) utilizando massa de folar para o cimentar ao seu devido local terá sido o momento alto da minha carreira de desadaptado. Quando meia hora depois o vidro caiu e novamente se estilhaçou - depois de o cão da vizinha ter comido a massa açucarada que o segurava - iniciei uma investigação que culminou na sentença unânime por parte da familia de que eu precisava de tratamento, embora admitissem as minhas qualidades para detective. Não tenho uma vida fácil.
It is this most basic human loneliness that threatens us and is so hard to face. Too often we will do everything possible to avoid the confrontation with the experience of being alone, and sometimes we are able to create the most ingenious devices to prevent ourselves from being reminded of this condition. Our culture has become most sophisticated in the avoidance of pain, not only our physical pain but our emotional and mental pain as well. We not only bury our dead as if they were still alive, but we also bury our pains as if they were not really there. We have become so used to this state of anesthesia, that we panic when there is nothing or nobody left to distract us. When we have no project to finish, no friend to visit, no book to read, no television to watch or no record to play, and when we are left all alone by ourselves we are brought so close to the revelation of our basic human aloneness and are so afraid of experiencing an all-pervasive sense of loneliness that we will do ...
Comentários