Uma característica do falar dos ímpios é o excesso, a falta de controle. Os ímpios falam demais; falam sem pensar, estão sempre falando. Se você viajar de ônibus ou de trem, ou se estiver numa sala pública, verá esse constante falatório; é sempre uma característica dos ímpios. Provavelmente, nem todos percebemos que o povo cristão não fala tanto como o povo não cristão.
Outra característica da conversação do não cristão é aquilo que realmente faz dela o que é – tão somente uma expressão do ego. A vida do não regenerado é sempre egoísta, egocêntrica, e a sua conversação e o seu falar sempre visam uma oportunidade para exibição pessoal. Isto explica porque tais pessoas, quanto juntas, procuram falar todas ao mesmo tempo. Uma não pode esperar que a outra termine; todos querem ficar com a palavra. Está eternamente presente o desejo de ser interessante, divertido, e de ser admirado, com o povo dizendo: que maravilhoso! Toda ela querem estar sempre com a palavra, anseiam por auto-expressão e por conseguir algo para o seu ego.
Se vocês analisarem uma fala e uma conversação tendo todas essas coisas em mente - o excesso, o não falar na vez e a interrupção uns dos outros – vocês serão forçados a concluir que não há nada nelas, senão a pura manifestação do ego e da importância própria, o desejo de admiração e de elogio. A conversação dos ímpios está repleta dessas características.
Comentários
Sobre o falar edificante, basta pensar na quantidade de pessoas que mudou o rumo de vida, ou que tomou decisões sérias depois algumas conversas sérias. Hoje, o que está a dar é dizer bem alto: "chega de conversa, vamos agir", excluindo, não sei bem porquê, que a propria conversa poderá muito bem fazer parte da acção cristã. Afinal de contas, falar foi coisa que Jesus, os apóstolos, e os profetas até fizeram bastante...