Contudo o nosso texto vai além: o homem pode falar, pode expressar-se, pode por pensamentos em palavras e em linguagem. De muitas maneiras é o maior dom concedido à humanidade e sendo assim, não é de admirar que seja a coisa mais mal utilizada. Na esfera espiritual, o diabo centraliza os seus ataques naquilo que é mais precioso no homem. E o que há de devastador, quanto ao pecado, é que ele sempre destrói primeiro o que há de melhor em nós. Os centros mais elevados são sempre os primeiros a serem afectados pelo pecado. Não admira, pois, que considerável atenção seja dada pelo apóstolo à questão geral do falar, visto que expressa tanto a essência do se e da personalidade do homem. No capítulo três da sua Epístola, Tiago argumenta sobre o mesmo ponto. Ali a língua humana é comparada ao leme do navio (...).
Deus é perfeitamente unificado como um Deus, e no entanto, Deus é perfeitamente diversificado nas três pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Há unidade e diversidade na realidade absoluta. Não há um Deus que escolhe revelar-se em três maneiras de modo a criar uma aparência de diversidade, e não há três pessoas que escolhem unir-se e cooperar de modo a criar uma aparência de serem unificadas. A realidade original é 100% unificada e 100% diversificada. É uma realidade de 200% que não pode ser compreendida pela simples lógica. Aqui está um provérbio que inventei para capturar a essência desta realidade: Deus sozinho é Deus, e Deus não é sozinho (God alone is God, and God is not alone) . Não podes fazer esta afirmação sobre outro Deus ou perfeição original. Tu podes dizer Buda sozinho é Buda, e ficamos por aí. O resto é silêncio. Tu podes dizer Krishna sozinho é Krishna e Alá sozinho é Alá, mas novamente, o resto é silêncio. Se o Deus do terceiro círculo quer falar com alguém...
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