Essa é a maneira escriturística de lembrar-nos que, em nossa vida neste mundo, não há nada que seja de maior importância que a capacidade de falar porque, afinal de contas, expressamos o que realmente somos pelo que dizemos. As palavras do nosso Senhor – "Da abundância do coração fala a boca" (Lucas 6:45) – dizem-nos a mesma coisa. Quando falamos estamos expressando o que está em nosso coração. Às vezes os nossos amigos nos lembram que "nos entregamos" pelo nosso falar. No entanto, o nosso Senhor tem mais uma verdade para nos dizer: "O homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado". Todos nós somos lerdos para perceber a importância do falar. Falamos com tanta liberdade, tão levianamente, tão soltamente; e, no entanto, diz o nosso Senhor: "Por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado". Ele nos assegura que no dia do juízo o homem "dará conta de toda a palavra ociosa que tiver dito". Ele quer dizer que é quanto estamos desprevenidos, por assim dizer, que realmente expressamos o que somos. O moralismo pode por certo controlo em nós. Mas vocês descobrem realmente a fraqueza do não cristão, do homem meramente moral em seus momentos de não vigilância, quando algo lhe sucede subitamente e ele se expressa; então ele mostra realmente o que é; e essa é uma das maneiras de distinguir entre o homem meramente moral e o cristão. O cristão não é alguém que está sempre a reprimir-se; há algo diferente no centro, porquanto da abundância do coração a boca fala; é o que escorrega para fora que realmente nos diz a verdade sobre outra pessoa.
"Examinai tudo. Retende o bem", I Tessalonicenses 5:21
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