(…) a receptividade é apenas um lado da hospitalidade. O outro lado igualmente importante é o confronto. Ser receptivo ao estranho não significa de maneira nenhuma que devamos ser “ninguéns” neutros. A verdadeira receptividade exige confronto, pois o espaço só pode ser acolhedor quando existem claras, e fronteiras são limites entre os quais definimos a nossa posição. O confronto é o resultado da presença articulada, a presença dentro dos limites, do anfitrião para o hóspede, pela qual esse oferece como ponto de orientação e quadro de referência. Não estamos sendo hospitaleiros quando deixamos os estranhos em nossa casa para que a usem como quiserem. Uma casa vazia não é hospitaleira. De facto, logo se torna uma casa assombrada, fazendo o estranho sentir-se desconfortável. Em vez de perder os medos, o hóspede fica ansioso, suspeita de qualquer ruído vindo do sótão ou do porão. Para sermos realmente hospitaleiros, devemos não apenas receber os estranhos, mas também confrontá-los com uma presença não ambígua, não nos escondendo sob a neutralidade, mostrando nossas ideias, opiniões e estilo de vida de forma clara e distinta.
(…) a receptividade é apenas um lado da hospitalidade. O outro lado igualmente importante é o confronto. Ser receptivo ao estranho não significa de maneira nenhuma que devamos ser “ninguéns” neutros. A verdadeira receptividade exige confronto, pois o espaço só pode ser acolhedor quando existem claras, e fronteiras são limites entre os quais definimos a nossa posição. O confronto é o resultado da presença articulada, a presença dentro dos limites, do anfitrião para o hóspede, pela qual esse oferece como ponto de orientação e quadro de referência. Não estamos sendo hospitaleiros quando deixamos os estranhos em nossa casa para que a usem como quiserem. Uma casa vazia não é hospitaleira. De facto, logo se torna uma casa assombrada, fazendo o estranho sentir-se desconfortável. Em vez de perder os medos, o hóspede fica ansioso, suspeita de qualquer ruído vindo do sótão ou do porão. Para sermos realmente hospitaleiros, devemos não apenas receber os estranhos, mas também confrontá-los com uma presença não ambígua, não nos escondendo sob a neutralidade, mostrando nossas ideias, opiniões e estilo de vida de forma clara e distinta.
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