Viver junto com nossos amigos é uma alegria excepcional, mas nossas vidas serão tristes se isso se tornar o objectivo de nossos esforços. Uma equipa harmoniosa, que trabalha em unidade de coração e mente, é um dom dos céus, mas se nosso senso de valor depender dessa situação, seremos pessoas tristes. É com receber cartas de amigos, mas devemos saber viver felizes sem elas. Uma visita é um presente valioso, mas não devemos cair na tentação do mau humor se não houver nenhuma. Telefonemas, “só para dizer olá”, enchem-nos de gratidão, mas quando os esperamos, como uma naeira necessária de sedar nosso medo de sermos deixados de lado, tornamo-nos vítimas fáceis de nossas auto-recriminações. Estamos sempre procurando uma comunidade à qual nos sintamos integrados, mas é importante compreender que estar junto num lugar, numa casa, numa cidade ou num país é apenas secundário para a satisfação de nosso desejo legítimo.
Deus é perfeitamente unificado como um Deus, e no entanto, Deus é perfeitamente diversificado nas três pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Há unidade e diversidade na realidade absoluta. Não há um Deus que escolhe revelar-se em três maneiras de modo a criar uma aparência de diversidade, e não há três pessoas que escolhem unir-se e cooperar de modo a criar uma aparência de serem unificadas. A realidade original é 100% unificada e 100% diversificada. É uma realidade de 200% que não pode ser compreendida pela simples lógica. Aqui está um provérbio que inventei para capturar a essência desta realidade: Deus sozinho é Deus, e Deus não é sozinho (God alone is God, and God is not alone) . Não podes fazer esta afirmação sobre outro Deus ou perfeição original. Tu podes dizer Buda sozinho é Buda, e ficamos por aí. O resto é silêncio. Tu podes dizer Krishna sozinho é Krishna e Alá sozinho é Alá, mas novamente, o resto é silêncio. Se o Deus do terceiro círculo quer falar com alguém...
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