Começaste por fabricar uma filiação fabulosa, pretendendo que devias o teu nascimento a uma virgem. Em realidade, és originário de um lugarejo da Judeia, filho de uma pobre campónia que vivia do seu trabalho. Esta, culpada de adultério com um soldado, Pantero, foi expulsa por seu marido, carpinteiro de profissão. Expulsa assim e errando aqui e além ignominiosamente, ela deu-o à luz em segredo. Mais tarde, constrangida pela miséria a expatriar-se, foste para o Egipto, aí alugaste os braços por um salário, e , tendo aprendido alguns desses poderes mágicos de que os Egípcios se gabam, voltaste ao teu país e, inchado com os efeitos maravilhosos que sabias provocar, proclamaste-te Deus.
Deus é perfeitamente unificado como um Deus, e no entanto, Deus é perfeitamente diversificado nas três pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Há unidade e diversidade na realidade absoluta. Não há um Deus que escolhe revelar-se em três maneiras de modo a criar uma aparência de diversidade, e não há três pessoas que escolhem unir-se e cooperar de modo a criar uma aparência de serem unificadas. A realidade original é 100% unificada e 100% diversificada. É uma realidade de 200% que não pode ser compreendida pela simples lógica. Aqui está um provérbio que inventei para capturar a essência desta realidade: Deus sozinho é Deus, e Deus não é sozinho (God alone is God, and God is not alone) . Não podes fazer esta afirmação sobre outro Deus ou perfeição original. Tu podes dizer Buda sozinho é Buda, e ficamos por aí. O resto é silêncio. Tu podes dizer Krishna sozinho é Krishna e Alá sozinho é Alá, mas novamente, o resto é silêncio. Se o Deus do terceiro círculo quer falar com alguém...
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