Jesus, filho de Ananias, foi um santo homem do campo, que se meteu em problemas com a autoridade durante a Festa dos Tabernáculos, em 62 d.C. Josefo regista que este Jesus, andando rua acima, rua abaixo, dia após dia, declarava publicamente, e em voz alta, que Jerusalém e o santuário estavam amaldiçoados: "Uma voz vinda de leste, uma voz vinda de oeste, uma voz que vem com os quatro ventos; uma voz contra Jerusalém e o santuário, uma voz contra o noivo e a noiva, uma voz contra o povo! Estas agoirentas palavras proféticas, que fazem lembrar Jeremias, capítulo 7, deram origem a distúrbios, pelo que os magistrados judeu prenderam Jesus e deram-lhe uma valente sova para o pôr na linha. Não fez qualquer diferença; Jesus continuou com a gritaria. Temendo que pudesse ser um inspirado de Deus – Josefo acreditava que sim -, os magistrados, em vez de recorrerem a mais atitudes drásticas para o calarem, entregaram-no ao governador romano Albino. Este ordenou que lhe dessem outro açoitamento, pior do que o primeiro, antes de interrogarem o acusado. Então, quando Jesus, filho de Ananias, se recusou responder às perguntas que ele lhe fez, concluiu que o homem era lunático e libertou-o. Jesus prosseguiu com as suas lamúrias diárias, até ao estalar da primeira guerra contra Roma, em 66 d.C. Durante sete anos e cinco meses, ele teimou nos seus queixumes, e só parou quando uma pedra catapultada por uma máquina de guerra romana o matou em 69 d.C.
A história de Jesus, filho de Ananias, faz lembrar a de Jesus de Nazaré. Os Evangelhos não dão qualquer ideia de que Caifás e os seus companheiros imaginassem sequer que Jesus fosse inspirado pelo divino, mas é concebível que uma mistura de medo supersticioso e uma relutância natural em ordenar que um judeu fosse efectivamente executado tivesse relevância a nível do sub-consciente, levando-os a entregar Jesus a Pôncio Pilatos.
A história de Jesus, filho de Ananias, faz lembrar a de Jesus de Nazaré. Os Evangelhos não dão qualquer ideia de que Caifás e os seus companheiros imaginassem sequer que Jesus fosse inspirado pelo divino, mas é concebível que uma mistura de medo supersticioso e uma relutância natural em ordenar que um judeu fosse efectivamente executado tivesse relevância a nível do sub-consciente, levando-os a entregar Jesus a Pôncio Pilatos.
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