Dear Marko,
In my experience, lyrics are almost always seemingly just not coming. This is the tearful ground zero of song writing — at least for some of us. This lack of motion, this sense of suspended powerlessness, can feel extraordinarily desperate for a songwriter. But the thing you must hold on to through these difficult periods, as hard as it may be, is this — when something’s not coming, it’s coming. It took me many years to learn this, and to this day I have trouble remembering it.
The idea of lyrics ‘not coming’ is basically a category error. What we are talking about is not a period of ‘not coming’ but a period of ‘not arriving’. The lyrics are always coming. They are always pending. They are always on their way toward us. But often they must journey a great distance and over vast stretches of time to get there. They advance through the rugged terrains of lived experience, battling to arrive at the end of our pen. In time, they emerge, leaping free of the unknown — from memory or, more thrillingly, from the predictive part of our minds that exists on the far side of the lived moment. It has been a long and arduous journey, and our waiting much anguished.
Marko, our task is both simple and extremely difficult. Our task is to remain patient and vigilant and to not lose heart — for we are the destination. We are the portals from which the idea explodes, forced forth by its yearning to arrive. We are the revelators, the living instruments through which the idea announces itself — the flourishing and the blooming — but we are also the waiting and the wondering and the worrying. We are all of these things — we are the songwriters.
Love, Nick
Na minha experiência, parece quase sempre que as letras "não estão a aparecer". Este é o triste ponto de partida da escrita de canções - pelo menos, para alguns de nós. Esta ausência de movimento, esta sensação de impotência em suspenso, pode parecer extraordinariamente desesperante para um compositor. Mas a coisa a que temos de nos agarrar durante estes períodos complicados, por mais difícil que possa ser, é isto - quando alguma coisa não está a aparecer, está para aparecer. Levei muitos anos para o aprender, e até hoje tenho problemas em o lembrar.
A ideia de que as letras "não estão a aparecer" é basicamente um erro de categorização. Aquilo de que estamos a falar não é um período de "não aparecer" mas um período de "não chegar". As letras estão sempre a vir. Estão sempre em espera. Estão sempre no seu caminho na nosssa direcção. Mas frequentemente têm de percorrer grandes distânciass durante largos períodos de tempo para cá chegar. Elas avançam sobre o terreno acidentado da experiência de vida, lutando para chegar à ponta da nossa caneta. A seu tempo, emergem, saltando livremente do desconhecido - da memória ou, mais empolgante ainda, das partes preditivas da nossa mente que existem no lado oposto do momento que vivemos. Foi uma longa e árdua jornada, e a nossa espera angustiante.
Marko, a nossa tarefa é simultâneamente simples e extremamente complicada. A nossa tarefa é permanecer pacientes e vigilantes, e não nos irmos abaixo - pois nós somos o destino. Somos os portais dos quais a ideia explode, empurrada pela sua ânsia de chegar. Nós somo os reveladores, os instrumentos vivos através dos quais a ideia se anuncia - o germinar e o florescer - mas somos também o esperar, o interrogar e o preocupar. Somos todas estas coisas - nós somos os escritores de canções.
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