Para as pessoas habituadas a viver no domínio do subjectivo, as diferenças de doutrina não importam. O fim deles é formar a síntese. Só assim, para mim, se explica que Karl Barth pudesse, como fez no Concílio Ecuménico, em Amesterdão, dizer certas verdades fortes sobre ritos católico-romanos, sem cessar, no entanto, de falar da Igreja romana como sendo uma Igreja autêntica. (…) Uma vez que se penetra do mundo subjectivo, sem princípio objectivo de autoridade, e sobretudo com a tal concepção de síntese, não se pode considerar as diferenças de ordem teológica de outra forma senão como um “patamar” permitindo atingir uma verdade superior. Assim temos direito de afirmar que na realidade estes homens montaram a mais hábil das contrafacções do Cristianismo verdadeiro. Eles encontram-se, certamente, ainda mais afastados de nós que a Igreja católica-romana e mesmo que os modernistas.
Comentários
Ainda há pouco tempo conversava com alguém precisamente sobre este ponto. Cá faz-se precisamente o contrário: trabalhar pouco durante o horário normal e depois fazer horas-extra para o chefe ver. No fundo, vamos sempre dar ao mesmo ao ponto: menos responsabilidade individual e mais "boas obras" para estar de bem com quem tem o poder. Mas eu quero ser optimista e por isso acho as coisas estão a mudar. Devagarinho, mas estão a mudar.
As acções de uns afectam os outros, arrastam-nos nalguma direcção, seja ela boa ou má. Tu escolheste bem as palavrinhas. É uma questão de "responsabilidade individual", para o bem colectivo.