Suponhamos que somos confrontados com uma realidade desesperante – como Pimlico, por exemplo. Se meditarmos no que é realmente o melhor para Pimlico, chegaremos à conclusão de que o fio do raciocínio nos conduz ao trono, ou ao misticismo e à arbitrariedade. Não basta uma pessoa ter uma visão negativo de Pimlico, porque, nesse caso, limitar-se-á a dar um tiro na cabeça, ou a mudar de casa e ir viver para Chelsea. Também não basta, evidentemente, uma pessoa ter uma visão positiva de Pimlico, porque, nesse caso, Pimlico continuará a ser o que é, o que seria péssimo. A única maneira de sair disto parece ser amar Pimlico, amar este bairro com uma ligação transcendental e sem qualquer motivação de natureza mundana. Se aparecesse outro homem que amasse Pimlico, aí se construiriam torres de Marfim e pináculos de ouro; Pimlico ataviar-se-ia como se ataviam as mulheres apaixonadas. Porque a decoração não serve para esconder coisas horríveis, mas para decorar coisas que já são adoráveis. Uma mãe
"Examinai tudo. Retende o bem", I Tessalonicenses 5:21