Would you think I was joking if I said that you can put a clock back, and that if the clock is wrong it is often a very sensible thing to do? But I would rather get away from the whole idea of clocks. We all want progress. But progress means getting nearer to the place where you want to be. And if you have taken a wrong turning, then to go forward does not get you any nearer. If you are on the wrong road, progress means doing an about-turn and wlaking back to the right road; and in that case the human who turns back soonest is the most progressive man. We have all seen this when doing arithmetic. When I have started a sum the wrong way, the sooner I admit this and go back and start over again, the faster I shall get on. There is nothing progressive about being pig-headed and refusing to admit a mistake. And I think if you look at the present state of the world, it is pretty plain that humanity has been making some big mistake. We are on the wrong road. And if that is so, we must go back. Going back is the quickest way on.
It is this most basic human loneliness that threatens us and is so hard to face. Too often we will do everything possible to avoid the confrontation with the experience of being alone, and sometimes we are able to create the most ingenious devices to prevent ourselves from being reminded of this condition. Our culture has become most sophisticated in the avoidance of pain, not only our physical pain but our emotional and mental pain as well. We not only bury our dead as if they were still alive, but we also bury our pains as if they were not really there. We have become so used to this state of anesthesia, that we panic when there is nothing or nobody left to distract us. When we have no project to finish, no friend to visit, no book to read, no television to watch or no record to play, and when we are left all alone by ourselves we are brought so close to the revelation of our basic human aloneness and are so afraid of experiencing an all-pervasive sense of loneliness that we will do ...
Comentários
Plenamente de acordo. Importa descontruir a ideia de progresso.
Três razões para esta citação:
1. Lewis estava a falar na altura depois da II Guerra Mundial. Creio que, pelo menos politicamente, na altura prevalecia um ideia unificada de progresso; e também que os campos de concentração e as bombas atómicas davam uma sensação de fracasso pleno nesse sentido.
2. Ainda há objectivos comuns, mas são mais subtis do que a paz perpétua (listo-os sem me preocupar com a questão de saber se são correctos ou não): prosperidade crescente, fim da pobreza, parar o aquecimento global, beleza, diversão, ... . Porque é que digo isto? Hoje somos muito desconfiados de entidades sociais, que estão "acima" dos indivíduos - e no entanto elas existem e guiam-nos e controlam-nos. Não são más por definição (isso é a perspectiva do estruturalismo, que penso que pode ser rebatida pelo simples valor de estabilidade que as tradições conferem - mas por favor não entendas isto como tradicionalismo!!), são meramente um risco necessário; o mesmo que com os objectivos individuais. (Teologicamente: Todas as coisas são boas porque foram criadas por Deus; e todas as coisas estão afectadas pela Queda.)
3. Independentemente de se pensar o progresso como social ou individual, o ponto de Lewis prevalece: andar para trás pode ser a melhor forma de progredir, se estamos no sentido errado, social ou individualmente. Isto é fundamental porque nós engolimos a patranha de que mais avançado ou complexo é necessariamente melhor - aqui está já a descontrução do progresso. Progresso é uma ideia abstracta que serve para justificar todo o tipo de mudanças com base na crença de que as coisas estão necessariamente a melhorar (em coisas tão normais como toda a gente ter carro, e outras menos normais como experimentação genética).
Por outras palavras, temos que fazer uma avaliação moral da noção de progresso, o que seguramente nos vai fazer, de vez em quando, andar resolutamente para trás.
Duvido cada vez menos que as leis da sociedade serão mais e mais de cariz económico, ficando despidas de Humanidade. Se isso é bom ou mau ainda não sei... Mas deixa-me desconfiado...